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Mostrando postagens de junho, 2012

Cessão de Tempo de autoria de José Ricardo Destaca Atuação do Comitê da Verdade no Amazonas

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[Originalmente publicado por: Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas ] Os crimes praticados pela ditadura militar contra cidadãos amazonenses e a inclusão dos índios Waimiri-Atroarí foram discutidos na manhã desta terça-feira (26) na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM) em Cessão de Tempo, por iniciativa do deputado estadual José Ricardo Wendling (PT). Segundo o parlamentar, o comitê, de caráter oficial, tem a missão de levantar os crimes, fatos, perseguições, desaparecimento e torturas praticadas na época da ditadura. “Não é fazer perseguição”, como assegura José Ricardo, “mas trazer a verdade à tona”. Este ano o movimento está organizado e se reúne provisoriamente na sede do Sindicato dos Jornalistas do Amazonas, praça Santos Dumont, 15, Centro. “É uma oportunidade para que a Casa Legislativa discuta e tome conhecimento do trabalho que se inicia e da doação dessas pessoas que querem colaborar”, argumentou. Na ocasião, o coordenador do Comitê Estadual da Verd

Comitê Estadual do Direito à Verdade será tema de discussão na ALE/AM

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[Publicado originalmente em ACrítica ] A Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) discute nesta terça-feira (26) a partir das 9h, os trabalhos do Comitê Estadual do Direito à Verdade, Memória e Justiça no Amazonas cujo objetivo é investigar os crimes praticados durante a ditadura militar contra cidadãos amazonenses e indígenas waimiri-atroari. O debate na ALE-AM foi viabilizado pelo deputado José Ricardo Wendling (PT). A notícia sobre desaparecimento de um número expressivo de indígenas waimiri-atroari (aproximadamente 2 mil) durante a construção da rodovia BR-174 (Manaus-Boa Vista) na década de 1970 teve repercussão nacional depois de publicada no jornal A CRÍTICA e no portal acrítica.com, no mês de abril deste ano, a partir de relatos do indigenista Egydio Schwade, um dos convidados para o debate desta terça (26). Foto: Euzivaldo Queiroz, novembro de 2011. Fonte: ACrítica A CRÍTICA entrevistou Egydio, que conviveu entre os waimiri-atroari nos anos 1980, período em qu

Equação Dramática: Rio+20 – Eco 92 = 0

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Para os povos indígenas essa equação é muito real, pois nas últimas décadas o avanço do modelo neoliberal, do agrohidronegócio sobre seus territórios tem deixado um rastro de destruição e morte. E o que é mais grave, isso tudo sob o olhar complacente, quando não omisso, dos governos. Inúmeras denúncias de graves violações dos direitos dos povos indígenas foram feitas neste espaço da sociedade civil mundial. Talvez o que mais indignadamente tenha sido denunciado foi a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte. A delegação dos Xavantes da Terra Indígena de Marãiwatsédé juntamente com aliados, fizeram uma série de atividades, debates e entregaram aos representantes do governo uma carta para a presidente Dilma. No documento pede a urgente retirada dos invasores dessa terra de seu povo Xavante.“Nesses 20 anos que se passaram, Marãiwatsédé se transformou na Terra Indígena mais desmatada da Amazônia brasileira, envergonhando todo o nosso país com a devastação criminosa que produtor

As Abelhas e o Nosso Ambiente

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  Desde 1993 investimos na criação de abelhas nesta região norte do Amazonas, nas cabeceiras do Rio Urubu. Além de 10 espécies de abelhas indígenas sem-ferrão, criamos abelhas africanizadas, hoje presentes em toda a Amazônia. De nossa experiência concluímos que a criação de abelhas protege a floresta Amazônica e é um investimento sustentável, rentável e compatível com as diversas atividades agrícolas, quando feita dentro dos princípios da permacultura ou da agroecologia. O investimento nas diversas espécies de abelhas presentes na região: Garante e enriquece a biodiversidade. Traz alimento e remédio para quem as cria. E o excedente dos seus produtos é facilmente comercializável. Faz com que seu criador conheça e cuide com carinho da natureza, dos mananciais de água e do equilíbrio ecológico, porque são condições absolutamente necessárias ao seu exito. Incentiva a troca de conhecimentos, de mudas e de sementes. leva pessoas e povos a fazerem ciência, desenvolverem tecn

Na Prática a Teoria é Outra

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Mais uma vez a comunidade Terra Santa é ameaçada pela grilagem de terras. Ela ocupa, desde 1999, um trecho de terra situado na altura do KM 152 da BR-174, no Município de Presidente Figueiredo e conta com aproximadamente 38 famílias. A comunidade poderá deixar de existir nas próximas horas por que a justiça entende que seus moradores são invasores de propriedade particular. Mas qual é mesmo esta propriedade? Entre os anos de 1970 e 1971, o então Governador do Estado do Amazonas, Danilo Areosa, assinou mais de 500 títulos de propriedade de lotes com 3 mil hectares. Na área correspondente ao Município de Presidente Figueiredo, foram delimitados 266 lotes, cada um com 5 km de frente por 6 km nas laterais. Acontece que esses títulos foram emitidos de maneira irregular e a maioria não recebeu qualquer benfeitoria nos últimos 40 anos. A primeira irregularidade está no descumprimento à Constituição de 1967, que proibia a alienação de terras com área superior a três mil hectares

''A lógica do sistema capitalista não deixa espaço para a sobrevivência dos povos indígenas''. Entrevista especial com Egon Heck

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[De: Instituto Humanitas Unisinos - IHU,  Entrevistas , Sábado, 09 de junho de 2012 ] [O CIMI faz 40 anos e sua História se confunde com a luta pelos direitos dos Povos Indígenas] O que mais marcou a luta do Conselho Indigenista Missionário – Cimi ao longo dos 40 anos foi um novo jeito de ver e viver a missão e o compromisso radical com os direitos e projetos de vida dos povos, frisa o coordenador do Cimi. “O novo jeito de ver e viver a missão e o compromisso radical com os direitos e projetos de vida dos povos, que chegou ao martírio de vários companheiros e companheiras, fez com que esse sangue derramado se transformasse em novas energias e testemunho corajoso e radical, movidos pela fé no Deus da Vida”, continua o coordenador do Conselho Indigenista Missionário – Cimi ,Egon Heck, em entrevista concedida por e-mail à IHU On-Line. De acordo com Heck, o que mudou em relação à missão do Cimi ao longo de 40 anos foi a transformação que pode ser resumida nesta citação bíblic